Setor mostra força com alta na produção, varejo e importações, impulsionado por utensílios de mesa, tapetes e cortinas
O mercado de artigos para casa no Brasil tem vivenciado um verdadeiro boom em 2024. De acordo com dados do levantamento da ABCasa, realizado em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado, os números do primeiro semestre deste ano apontam para um crescimento expressivo nos principais segmentos do setor, incluindo produção, comércio exterior e varejo.
Esses dados, apurados no Termômetro ABCasa, destacam um desempenho impressionante, com a produção nacional, consumo interno e importações mostrando fortes sinais de expansão. Com isso, o mercado de decoração e utilidades domésticas segue em franco desenvolvimento, consolidando-se como uma importante fatia da economia brasileira.
Produção Nacional e Consumo Interno em Alta
Entre janeiro e julho de 2024, a produção nacional de artigos para casa registrou um crescimento de 7,1%. Esse aumento foi acompanhado por uma elevação no consumo interno, que atingiu R$ 5,7 bilhões em julho, representando um acréscimo de 10,9% no acumulado do ano. O volume de itens produzidos também subiu expressivamente, com um crescimento de 13% em junho, comparado ao mês anterior.
Esse crescimento reflete não apenas o aumento da demanda por artigos para casa, mas também uma leve valorização dos preços médios, que subiram 1,79% em julho. Isso contribuiu para uma inflação acumulada de 4,76% no setor ao longo de 2024, mostrando que, apesar da pressão inflacionária, o mercado tem conseguido manter seu ritmo de expansão.
Varejo com Desempenho Positivo
O varejo de artigos para casa também tem se mostrado resiliente. Em julho, o setor movimentou R$ 8,7 bilhões, uma alta de 9,3% em relação ao mês anterior. Quando olhamos para o acumulado do ano, o crescimento é ainda mais sólido, com um aumento de 8,6% em comparação ao mesmo período de 2023.
Esse desempenho reflete o crescente interesse dos consumidores em investir na decoração e funcionalidade de suas casas, especialmente em um cenário onde o lar tem se tornado um espaço cada vez mais valorizado, seja para trabalho, lazer ou bem-estar.
Comércio Exterior: Importações Impulsionam o Setor
No cenário internacional, as exportações brasileiras de artigos para casa somaram US$ 69,5 milhões em agosto de 2024, apresentando uma leve queda de 5,1% em relação ao mês anterior. Contudo, o acumulado do ano mostrou estabilidade, com uma retração mínima de 0,8% em comparação ao mesmo período de 2023.
Em contrapartida, as importações de artigos para casa seguem em forte expansão. Até agosto, o Brasil importou um total de US$ 169,3 milhões, representando um crescimento impressionante de 30,8% no acumulado do ano. Entre os itens mais importados estão utensílios de mesa, tapetes, cortinas e papéis de parede, que dominam o volume de mercadorias adquiridas no exterior.
Os Estados Unidos, Paraguai e México continuam sendo os principais destinos das exportações brasileiras, respondendo por mais de 50% do total exportado. Já do lado das importações, a China se consolida como a principal fornecedora, responsável por 73,7% dos artigos para casa que chegam ao Brasil.
Perspectivas para o Futuro
Para Anderson Passos, diretor-executivo da ABCasa, o desempenho positivo do setor em 2024 aponta para um cenário promissor, mas que também demanda atenção contínua. “Os números deste ano reforçam o potencial e a resiliência do mercado de artigos para casa no Brasil. A valorização da produção nacional, aliada à estabilidade no comércio exterior, traz um cenário otimista, mas que exige foco constante em eficiência e competitividade”, ressalta.
Ele destaca ainda a importância de incentivar a inovação e criar soluções que sustentem esse crescimento de forma sustentável nos próximos anos. “Precisamos continuar investindo em inovação, tanto nos processos produtivos quanto nas tendências de consumo, para mantermos o setor em crescimento contínuo”, afirma.
Conclusão
O primeiro semestre de 2024 tem sido um período de avanços importantes para o mercado de artigos para casa no Brasil. Com o crescimento da produção nacional, um varejo fortalecido e importações em ritmo acelerado, o setor se destaca como um dos mais promissores da economia brasileira. Para os próximos anos, a expectativa é de que o mercado continue a se expandir, impulsionado por um consumidor cada vez mais exigente e atento às tendências de decoração e utilidades domésticas.
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